Não tenho como esconder que tenho um gosto especial pelos carros coreanos. Eles são os novos japoneses. Tem um ótimo produto, tecnológico e avançado com ótimo design, que veio pelas mãos de grandes idealizadores vindos da Europa. O design do i30 e também a sua engenharia vieram do centro de desenvolvimento que a Hyundai tem na Alemanha.
Pensando nisto, fiquei imaginando como seria o mercado automotivo e não me surpreendi com o resultado. O país é divido entre duas marcas: Hyundai e Kia, existem outras marcas que vendem por lá, mas elas são meras coadjuvantes.
Hyundai vendeu em setembro 57 mil carros contra 39 mil da Kia. Terceira colocada no ranking de vendas é a GM com 11 mil, Ssangyong com 4 mil e a Renault que é vendida lá com um cobranding da Samsung, também 4 mil veículos.
Dos 7 modelos mais vendidos, apenas dois são da Kia. Fico realmente impressionado pela ausência completa de carros importados no ranking. Será que é proibido importar carro por lá?
Pesquisei e descobri que até 1989 a importação de carros era proibida. Neste período o país estava montado suas fábricas para abastecer o mercado interno. Carros japoneses permaneceram proibidos de serem importados até 1999.
Depois disto, a Coréia fez algo similar com o que o Brasil pratica em termos de impostos. A carga tributária sobre carros importados é de 74%, já nos nacionais, 56%. Acontece que estas barreiras tarifarias não são as únicas para o mercado ser do jeito que é por lá. Segundo um relato que achei, o governo coreano implica com um monte de regras que os carros importados devem seguir e isto torna tudo mais complicado para o importador.
É engraçado que a atitude da Coréia seja assim, afinal, a Hyundai e Kia estão ganhando mercados globais exportando seus carros para o mundo. Na França, o governo está sendo pressionado por fabricantes locais por conta da invasão dos carros coreanos.
Os carros são bons e são acessíveis. Fazer o que? Melhorar, não é?
Via Car Place.