No ano passado Rosberg fez a pole na China. Este ano a Mercedes continua na ponta, mas com Hamilton. Confira lado a lado as voltas voadoras dos dois Mercedes.
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E como foi o GP da China 2013?
E já foi o tempo quando eu queria acordar cedo ou ficar acordado para ver as provas da Fórmula 1 na Ásia. Nos áureos tempos, o maior obstáculo era o meu sono, que sempre era pole position e normalmente ganha o combate com a minha vontade de assistir a corrida ao vivo.
Hoje as operadoras de TV por assinatura oferecem recursos em seus sintonizadores que permitem desfrutar com conforto e quando queremos o melhor da programação que eles oferecem. Mesmo os canais abertos, diga-se de passagem.
Acordei cedo, peguei o controle remoto e tratei de buscar a gravação da corrida. Feliz por ter a gravação completa da corrida, comecei assistindo animado, por conta da ótima largada de Felipe Massa que junto com Alonso foram logo para a ponta, contudo, foi aí que a emoção da etapa chinesa acabou. A melhor ultrapassagem foi da dupla da Ferrari que ao mesmo tempo ultrapassaram Hamilton que estava em primeiro.
Por mais que alguns poucos momentos durante a corrida, toques, abandonos e incidentes isolados tivessem chamado a atenção, o destaque mesmo foi para o regulamento. Eu lembro que durante a década de 80 a corrida costumava ser vencida pelo melhor piloto. Hoje este foi o caso, pois Alonso é na pista o melhor piloto, ainda que Vettel venha para desafiar este posto, mas Alonso é o cara. Creio que na última década, não seja mais assim. Não é o melhor piloto que vence com o melhor carro. Quem vence hoje é o melhor na média. Culpa do regulamento.
Nossa, como há regras hoje. Não pode abrir o DRS em trecho em bandeira amarela, não pode sair do box ultrapassando a linha branca, não pode liberar o carro do pit colocando em risco outro carro no pitlane, não pode ultrapassar um determinado limite de velocidade no box (isto é culpa do Ayrton Senna), não pode, não pode, não pode. A escalada das regras aconteceu por conta da Williams, que trouxe tecnologia na década de 90, depois a Ferrari, que com dinheiro tinha supremacia e por fim, a RBR que aliou inovação e um piloto inspirado. Para evitar o domínio destas, regras e mais regras.
Fiquei impressionado com a quantidade de alertas que apareciam pelo controle da corrida informando que incidente XXX seria investigado após a corrida. O principal foi referente ao uso do DRS sob bandeira amarela. O resultado foi que ninguém foi punido, pois concluíram que o sistema estava em falha e os pilotos não tiveram a intenção de infringir o regulamento.
De resto a corrida foi marasmo mesmo, ainda que com várias ultrapassagens. Massa foi prejudicado no primeiro pitstop que o deixou mais tempo na pista com pneus desgastados e que o colocaram no meio do tráfego. Resultado foi uma distância enorme de seu companheiro de equipe e que também venceu o etapa. Explicação oficial dele é o macarrãozinho nos pneus…
Raikkonen novamente fez boa corrida com sua Lotus, mostrando que ele tira o máximo do carro, ao contrário de seu companheiro de equipe. Numa tentativa de ultrapassagem sobre Pérez, houve um toque que poderia ser evitado pelo Pérez. Nenhum dos dois abandonou, mas Raikkonen foi prejudicado com a asa danificada que influenciaram no consumo dos pneus.
E por fim, o patinho feio foi Webber. Reclamou como uma criança na corrida da Malásia quando seu companheiro o ultrapassou e neste etapa só teve azar. Durante a classificação ficou sem combustível, não conseguiu participar do Q3 por conta disto e ainda foi punido, largando do box. Se envolveu num toque com Vergne e acabou abandonando após ter problemas na roda traseira direita. Na tentativa de voltar ao box, lento, perdeu a roda que gerou uma multa de 5 mil euros para a equipe. Se isto não foi suficiente, a FIA o considerou culpado pelo incidente com Verne e no Bahrein ele perderá 3 posições no grid como punição.
Que saudade de Prost, Mansel, Piquet e Senna, que buscavam a vitória acima de tudo SEMPRE. Só há dois pilotos na pista hoje assim. Vettel e Raikonnen. Alonso seria assim se não fosse o jogo de equipe da Ferrari. Hamilton já foi assim, mas ele anda mais calminho.
Confira os melhores momentos da corrida na edição da TV Globo.
O que um piloto de F1 vê de dentro do cockpit
Este é Lucas diGrassi dentro de um F1 andando em Paul Ricard durante os testes de pneus de chuva (ou seriam os intermediários?) para a Pirelli. O vídeo está em HD e é o primeiro que consegue capturar exatamente o que o piloto enxerga.
A melhor corrida dos últimos tempos da F1
Esta noite dormi como um bebê apenas por conta da facilidade que a Sky proporciona. São duas coisas na verdade. Primeira é o recurso de gravação, que me permitiu curtir a cama até uma hora aceitável e depois ver a corrida gravada. Segunda é a reprise da corrida através do canal SporTV. Eu aproveitei apenas a primeira.
A largada foi ótima, apesar do Felipe Massa não ter tirado proveito da posição de largada e acabou caindo várias posições.
No meio da corrida eu estava decepcionado e me lamentando que o melhor momento da corrida era o erro do Hamilton errando o box da equipe. Ele ia parar no box da McLaren ao invés da Mercedes. Fato inusitado e engraçado, mas triste para a Formula 1 ter este tipo de destaque.
Após o fim da corrida descobri que esta etapa foi mais de bastidores do que na pista. Pra começar o Alonso teve o bico danificado durante um impacto involuntário que ele provocou em Vettel. Seria óbvio realizar a troca do bico, mas a Ferrari deu ordens para o Alonso ficar na pista e aproveitar a parada para trocar os pneus lisos. O bico estava tão danificado que a pressão aerodinâmica o fez quebrar de vez e ir para debaixo do carro no pior momento possível; na velocidade máxima no final da reta. Resultado? Alonso na caixa de brita já no começo da prova.
Outra ordem de equipe que gerou impacto na corrida foi da Mercedes. Rosberg era mais rápido e teve que permanecer atrás de Hamilton que economizava combustível e pneus. Apesar de ambos os pilotos terem aceitado as regras impostas pela equipe, não é este o objetivo do esporte.
Por fim, agora existe o outro lado da moeda. Se na Mercedes a ordem foi cumprida, na RBR a ordem dada não foi seguida. Vettel ignorou as ordens de equipe e ultrapassou o companheiro de equipe na disputa pela primeira posição da corrida. Até este momento a disputa de posições mais emocionante tinha sido entre Pérez e Raikonnen, mas Vettel e Webber tornaram a corrida novamente emocionante mostrando o quanto o piloto faz diferença e resgatando o melhor das corridas da década de 80 e 90.
Se a F1 é um esporte individual e de equipes ao mesmo tempo, creio que o melhor mesmo é a disputa individual. O piloto sempre irá arriscar para conseguir o máximo, já a equipe vai fazer o mais seguro, já que tem dois pilotos na disputa e o que vale é a soma dos resultados.
Espero que o Vettel sempre busque a disputa e ignore as ordens de equipe de ficar atrás do companheiro. Sinto muito pelo Webber, mas ele é coadjuvante. Ele ficou chateado e ficou o maior climão no pódio e na entrevista após a corrida.
Top Gear e a reportagem sobre Ayrton Senna
TopGear é simplesmente o programa automotivo mais assistido do planeta. Produzido pela BBC, o programa foi ao ar no ano que Senna faria 50 anos, este quadro que tem pouco menos de 15 minutos mostra algo impressionante: Jeremy Clarkson se rendendo ao brilhantismo do Ayrton, coisa rara de acontecer com este senhor ácido e arrogante.
Vale a pena rever e matar a saudade do grande Ayrton Senna. Se você não conhece este gajo que marcou a formula 1, assista e depois vá ao google buscar informações a respeito do Ayrton. Você vai se surpreender.