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O carro da Nissan ajuda a calibrar o pneu

Eu não gosto de calibrar o pneu. É chato. Pior é que no meu carro atual a recomendação de pressão nos pneus é numa unidade que não é comum por aqui e preciso sempre lembrar de fazer a conversão.

A Nissan aproveitou a existência de sensores que são capazes de medir a pressão dos pneus e desenvolveu um alerta visual e sonoro para ajudar quem estiver calibrando. Funciona assim. Os quatro pneus do carro tem internamente um sensor de pressão. Você coloca aciona a função de calibragem e coloca a bomba de ar. Quando o pressão chegar na medida correta, o carro buzina e pisca as setas.

Vale lembrar que alguns carros no Brasil tem um alerta de baixa pressão dos pneus. Este sensor é um pouco diferente e utiliza os sensores do ABS. Quando uma roda tem velocidade angulara diferente das demais, então é sinal de que a pressão em um dos pneus mudou e pode estar vazando ar.

Confira abaixo o sistema da Nissan.

Nissan e seu carro que não suja

A Nissan usou o seu carro “Note”, um hatch médio, para mostrar a pintura que não suja. Parece mágica, mas no fundo é apenas um revestimento da tinta normal que é hidrofóbico. Com o tempo este revestimento sai. 

Para este experimento, ou melhor, estudo, feito pelo braço europeu da Nissan, eles usaram a tecnologia Ultra-ever-dry.

No começo do ano passado a Nissan mostrou esta campanha, mas não há confirmação de que ela oferece opção de revestimento especial aos seus carros pra valer. Inicialmente, durante a campanha estava claro que se a idéia pegasse, não seria algo que os carros da Nissan teria de fabrica, mas oferecido apenas como opcional. 

Já nos EUA, a Nissan resolveu usar tática similar para promover o Leaf, seu carro elétrico. Para evidenciar a idéia de que seu carro não “suja” ou que ele é o mais “limpo” do planeta resolveram fazer pegadinha com pedestres na rua. 

Reflexão a respeito do carro elétrico

O que é um carro elétrico? Futuro? Ostentação? Volta ao passado? Sim, passado. No começo da história dos carros eles eram elétricos. O carro já foi movido a muita coisa. Inclusive vapor, mas a eletricidade parece a forma mais eficiente e com menor risco envolvido.

Eu vi o vídeo abaixo que fala como o Tesla S é fabricado. Em determinado momento o locutor anuncia que ele é um dos carros mais eficientes com mais de 90% de eficiência. Já um motor de combustão, bem regulado e com um determinado combustível não passa de 40% de eficiência. 

Definitivamente o carro elétrico é o futuro. Nada de carros híbridos, que serão apenas passageiros, ou carros movidos a hidrogênio. Carros elétricos são o caminho a seguir, mas se eles são tão bons assim, como não são maioria esmagadora no mercado?

O principal problema do carro elétrico é o peso e preço das baterias. Elas tomam espaço precioso do carro, mexem com o centro de gravidade e são caras e demoradas para recarregar. A solução da Tesla é inteligente. Elevou o piso interno do carro para instalar abaixo dele o banco de baterias. 

Baterias não são o único problema. Por ter menos partes móveis e menos peças, as montadoras, ou melhor, revendas teriam um grande impacto, pois com menos partes móveis, menos serviços precisam ser feitos, mais do que isto, o mercado de auto-peças também é impactado.

Só pra te lembrar, quando você vai fazer a revisão do carro, a maioria das revisões apenas foca no motor que precisa ter óleo trocado, filtro e alguns pontos inspecionados. A maior parte das peças de um carro fica no motor, as demais, ainda que precisem de inspeção ou eventual troca, podem durar anos e dezenas de milhares de quilômetros de vida útil antes de realizar a troca, se bem cuidadas.

Apenas para exemplificar, as revisões dos carros da Honda que precisam de mais troca de peças são de 40 e 80 mil quilômetros. Você já imaginou apenas fazer revisão depois de 40 mil quilômetros? Seria um sonho e uma grande economia no bolso. 

Você já entendeu que o carro elétrico é legal, eficiente e o futuro e que ele muda o atual status quo do mercado, mas vamos falar da bateria.

Assim como o carro à combustão, o carro elétrico pode ter “alcance” influenciado pela maneira que o condutor dirige e também pelo terreno. Mais energia pode ser gasto com o carro carregado, subindo ladeiras ou dirigindo de maneira “esportiva”. Ao contrário do carro a combustão, o carro elétrico mostra sua carga de energia em forma de alcance em quilômetros. Alguns carros mais modernos com computador de bordo oferecem o mesmo para o combustível fóssil.

A maioria dos carros tem um tanque dimensionado para rodar em torno de 400-500 quilômetros. O carro elétrico tenta fazer isto, contudo, a tecnologia atual de baterias ainda não permite isto sem ultrapassar os limites de peso e volume comprometidos com os bancos de energia.

Pensamento prático. Quantos quilômetros você roda por dia? Algo entre 15 e 80 quilômetros, certo? Tudo bem que os 80 quilômetros é um caso extremo. O mais real seria algo em torno de 60 quilômetros por dia, mas voltando ao assunto, o que seria o alcance ideal que a bateria deveria oferecer em casos ideais? Algo em torno de 160 quilômetros. Esta é a minha conta. O dobro do que você precisa andar num dia. 

Um carro elétrico que possa rodar 160 quilômetros por dia, seria ótimo. Pelo menos no caso de um carro urbano. No caso de viagens, este tipo de carro não atenderia. Carros com combustão interna precisam de apenas alguns minutos para encher o tanque. E para usar, você nem precisa completar o tanque, basta ter combustível. No caso da bateria, você consegue dar carga de alguns minutos, contudo, dado a questão química das baterias, você não deve carregar parcialmente ou fazer carga rápida com frequência. O ciclo de carga completa demora horas. O que é péssimo.

Se as montadoras fizessem carros com custo razoável com este alcance que mencionei, seria um grande sucesso de vendas. E parece que é exatamente isto que deve acontecer nos próximo 3 anos. 

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A Nissan foi a primeira a vender um carro compacto elétrico e parece ser o sucesso de vendas que se sonhava. Ele disputa de maneira apertada a liderança do mercado de carros elétricos nos EUA com o GM Volt. O Nissan Leaf (foto acima) tem exatamente as características que mencionei. Tem alcance de aproximadamente 200 km e é um carro médio (compacto para os americanos).

Por lá, existe uma lei federal que garante competitividade aos carros elétricos, uma vez que eles ainda não representam um grande volume de vendas, tem tecnologia e investimentos altos e por tanto, tem custos mais elevados comparados aos carros movidos a combustíveis fósseis. Mesmo com os incentivos do governo, o carro elétrico ainda é mais caro.

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Além do Leaf da Nissan, a BMW anunciou e começou a vender o BMW i3 (que é horroroso), a GM tem o Volt, mas deve começar a vender o Bolt (foto acima), seu irmão menor no ano que vem, a Tesla terá um carro compacto hatch em 2017, VW tem o Golf e o up! (fotos abaixo), a Fiat tem o 500, mas diz que ele só é fabricado para cumprir tabela e a lista continua, a Ford tem o Focus e a lista continua.

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Bom, você já entendeu que o carro elétrico é bacana, caro, todos os principais fabricantes fabricam, que eles vendem pouco, tem custo por quilômetros mais baixo que o carro à combustão interna e que precisam de baterias que ocupam espaço.

Aqui no Brasil, o carro elétrico é apenas um sonho distante e a certeza de que o governo não pensa grande. O Brasil só consegue pensar no petróleo da Petrobras e o etanol do interior paulista. Ninguém consegue vislumbrar a fundação de fábricas de alta tecnologia de grande valor agregado que pode ser a base de uma nova fase no processo de exportação de produtos do Brasil para o mundo.

Para terminar deprimido, acho pouco provável que nós brasileiros teremos a oportunidade de ter um carro elétrico nos próximos 10 anos. Não existem fábricas, não existe flexibilidade na legislação e não existe infra estrutura para os carros elétricos. Pior, não há cultura que defenda maior eficiência energética tão pouco discussão de alto nível para mudar o atual mercado automotivo. Somos atrasados em todos os aspectos.

Voltando ao início do artigo. O que é o carro elétrico? Algo que países de primeiro mundo tem para se locomover com conforto e sem gerar poluição. “Que puxa!”

“Não conte pra mamãe!” ;-)

Um pai pra lá de legal levou a sua filhinha para dar uma volta no seu super Nissan GT-R. O carro foi modificado com turbo e outras parafernálias para chegar aos mil cavalos e por conta disto sua aceleração é absurda. Capaz de colar qualquer corpo no encosto do banco.

A criança adorável no banco do carona pede ao seu pai para dirigir super rápido e ele atende prontamente, ainda que por alguns poucos segundos. A menina se diverte. Carros são divertidos, carros potentes são ainda mais! 😉