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Formula E: automobilismo chato, mas sustentável

A Fórmula E foi uma invenção da FIA para levantar a bandeira da sustentabilidade e mostrar que carros elétricos também são esportivos interessantes. No sábado foi a primeira etapa, realizada na China, de um total de 10. A transmissão da categoria, no Brasil e no resto do planeta, ficou à cargo da Fox Sports.

Bom. Na verdade, ruim. A transmissão para o Brasil, do ponto de vista de imagem, foi boa. Fizeram muito mais do que apenas transmitir a corrida, mas mostram entrevistas com os pilotos, mas no fundo, para duas horas de transmissão, foi pouca emoção e corrida para muita enrolação. O narrador e o comentaristas vendiam um peixe que não existia. Falta emoção e conhecimento. O comentarista falou muita besteira e tentava preencher o espaço com sua fala, já o narrador tentava tornar a coisa emocionante a qualquer custo.

A categoria é formada por muitos ex-pilotos da F1 e vários pilotos de outras categorias. Os carros são elétricos e os circuitos são todos de rua. A classificação e a corrida são realizados no mesmo dia, aos sábados. Ao contrário das demais categorias conhecidas dos brasileiros, a Formula E, tem sua classificação dividida em grupos de 5 pilotos. A ordem dos grupos foi determinada por sorteio, mas nas demais etapas, seguirão a classificação.

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Os bólidos elétricos são diferentes. Eles lembram carros de F1 e GP2, mas parecem mais largos. As rodas também são estranhas. Parecem grandes demais para um carro de fórmula e parecem saídas de um carro de rua. Se a estética visual é estranha, do ponto de visto de som, a coisa fica ainda mais estranha. 

O som que os carros fazem lembram os carros de Blade Runner ou qualquer outro filme futurista onde carros se deslocam no solo fazendo aquele zumbido alto. A dinâmica da categoria é estranha também. Como não há desgaste significativo dos pneus, o piloto é obrigado a trocar de carro quando para no box. Sim, você leu corretamente. Trocar de carro. E tem mais, existe um tempo mínimo para a troca, então nada de trocar os pés pelas mãos.

A corrida tem duração máxima de 1 hora. Pilotos escolhidos pelo público podem usufruir de um “gás” adicional que dura 5 segundos e faz o carro andar mais rápido. É o fanboost. :-S. Veja todas as regras aqui. Tem ponto para quase todo mundo e pra quem faz coisas notáveis, tipo fazer pole ou volta mais rápida.

Durante os treinos, tive a impressão de que os carros, além de feios e lentos, são frágeis. Qualquer toque é quebra certa para abandono. Já na corrida, que tem largada igual ao da F1 e GP2, deu pra notar que os carros ainda tem muitos problemas técnicos. Por fim, não vejo necessidade para uma volta de apresentação para carros elétricos. O aquecimento dos pneus é algo que não se faz necessário e parece apenas um requisito para um circo que existe em outras categorias.

O melhor da primeira etapa foi o acidente do filho do Alain Prost com o Heidfeld. Sim, ele mesmo. Aquele alemão da F1. Veja abaixo.

A Formula 1 2014 é uma nova categoria

willilams f1 australia

E começou a temporada 2014 da Fórmula 1. Esta noite aconteceram os dois primeiros treinos livres. Neste final de semana ocorre a etapa da Austrália e se você não conseguir ficar acordado para acompanhar a corrida, recomendo gravar ou ver a reprise no SporTV, por que minha aposta é que ela será emocionante.

Esta noite, acompanhei o primeiro treino livre através do SporTV3. Muita coisa mudou. Muita mesmo. Mudou tanta coisa que eu acho que a Formula 1 como a conhecemos acabou e temos este ano uma nova categoria que herdou o nome e equipes apenas. Vários pilotos mudaram de equipe, novos pilotos entraram, mas as equipes continuam as mesmas e os favoritos ao título mudaram.

A RBR preparou um vídeo mostrando as mudanças que os carros sofreram. As mudanças foram feitas para que a F1 se tornasse mais segura e os carros mais eficientes.

Mudaram o bico, asa dianteira, asa traseira, motor, caixa de marcha, sistema de recuperação de energia, os carros tem 30% menos combustível e vários outros componentes modificados.

O sistema KERS deixou de existir para dar a dois sistemas. Um recarrega as baterias através dos freios traseiros (ERS-k) e outro utiliza os gases do motor para gerar energia (ERS-h). A bateria também está maior e permite uso durante 30 segundos adicionando também muito mais torque ao motor.

Por questões de segurança o bico do carro está mais baixo, o que influencia a posição que o piloto fica, a asa dianteira está menor diminuindo o arrasto e a asa traseira abre mais na zona do DRS.

A maior mudança, e, a que todos vão sentir mais, está no motor. Ele deixou de ser um V8 aspirado para ser um V6 turbinado. O barulho do motor mudou consideravelmente. Ficou muito estranho, apesar de muitos analistas de automobilismo afirmarem que o som está mais compatível com outras categorias. A quantidade de motores que uma equipe pode usar durante o ano, sem ser penalizada, também mudou, agora são apenas 4 motores.

Eu não gostei do novo ronco. Achei feio e o som do turbo me incomoda. Me lembra Velozes e Furiosos, coisa que acho completamente incompatível com a F1. O que você achou?

Existem ainda um sem numero de mudanças que não estão neste vídeo, como a quantidade de caixas de câmbio a serem utilizadas no ano e a permissão de mudar a relação de marchas uma única vez também. Ao todo, agora, são 8 marchas que um F1 tem.

São mega mudanças. Pode se dizer que, agora, todas as equipes começaram os seus carros do zero e as disputas serão intensas. A norma, que era a RBR na frente, mudou. Mercedes é a favorita, Williams está entre as 5 melhores equipes e Alonso continua fazendo sua mágica inacreditável.

Outra coisa bacana que aconteceu foi a mudança no app da F1 no iOS. Ele ficou consideravelmente mais barato e na sua versão sem custo tem dados básicos que convida o fã a usar o app. Você pode comprar a temporada de 2014 por 10 dólares, o que dá direito a escutar o rádio da equipe!

Aqui no Pardal você também pode acompanhar as ultimas noticias de fontes selecionadas que cobrem a categoria e também pode conferir os resultados das etapas

Como é a porca que prende a roda da F1

A Fórmula 1 tem tecnologias de ponta desde sempre. Por mais que em alguns momentos o regulamento impede o avanço e adoção de tecnologias que tornam o carro mais rápido e seguro, em sua grande maioria a categoria tem tecnologias de ponta ou pelo menos bastante engenhosas.

A BBC fez um segmento especial para mostrar como a roda é presa ao bólido de corrida em 2010. Imagens em detalhes e explicações feitas por Martin Brundel, ex-piloto de F1.