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Reflexão a respeito do carro elétrico

O que é um carro elétrico? Futuro? Ostentação? Volta ao passado? Sim, passado. No começo da história dos carros eles eram elétricos. O carro já foi movido a muita coisa. Inclusive vapor, mas a eletricidade parece a forma mais eficiente e com menor risco envolvido.

Eu vi o vídeo abaixo que fala como o Tesla S é fabricado. Em determinado momento o locutor anuncia que ele é um dos carros mais eficientes com mais de 90% de eficiência. Já um motor de combustão, bem regulado e com um determinado combustível não passa de 40% de eficiência. 

Definitivamente o carro elétrico é o futuro. Nada de carros híbridos, que serão apenas passageiros, ou carros movidos a hidrogênio. Carros elétricos são o caminho a seguir, mas se eles são tão bons assim, como não são maioria esmagadora no mercado?

O principal problema do carro elétrico é o peso e preço das baterias. Elas tomam espaço precioso do carro, mexem com o centro de gravidade e são caras e demoradas para recarregar. A solução da Tesla é inteligente. Elevou o piso interno do carro para instalar abaixo dele o banco de baterias. 

Baterias não são o único problema. Por ter menos partes móveis e menos peças, as montadoras, ou melhor, revendas teriam um grande impacto, pois com menos partes móveis, menos serviços precisam ser feitos, mais do que isto, o mercado de auto-peças também é impactado.

Só pra te lembrar, quando você vai fazer a revisão do carro, a maioria das revisões apenas foca no motor que precisa ter óleo trocado, filtro e alguns pontos inspecionados. A maior parte das peças de um carro fica no motor, as demais, ainda que precisem de inspeção ou eventual troca, podem durar anos e dezenas de milhares de quilômetros de vida útil antes de realizar a troca, se bem cuidadas.

Apenas para exemplificar, as revisões dos carros da Honda que precisam de mais troca de peças são de 40 e 80 mil quilômetros. Você já imaginou apenas fazer revisão depois de 40 mil quilômetros? Seria um sonho e uma grande economia no bolso. 

Você já entendeu que o carro elétrico é legal, eficiente e o futuro e que ele muda o atual status quo do mercado, mas vamos falar da bateria.

Assim como o carro à combustão, o carro elétrico pode ter “alcance” influenciado pela maneira que o condutor dirige e também pelo terreno. Mais energia pode ser gasto com o carro carregado, subindo ladeiras ou dirigindo de maneira “esportiva”. Ao contrário do carro a combustão, o carro elétrico mostra sua carga de energia em forma de alcance em quilômetros. Alguns carros mais modernos com computador de bordo oferecem o mesmo para o combustível fóssil.

A maioria dos carros tem um tanque dimensionado para rodar em torno de 400-500 quilômetros. O carro elétrico tenta fazer isto, contudo, a tecnologia atual de baterias ainda não permite isto sem ultrapassar os limites de peso e volume comprometidos com os bancos de energia.

Pensamento prático. Quantos quilômetros você roda por dia? Algo entre 15 e 80 quilômetros, certo? Tudo bem que os 80 quilômetros é um caso extremo. O mais real seria algo em torno de 60 quilômetros por dia, mas voltando ao assunto, o que seria o alcance ideal que a bateria deveria oferecer em casos ideais? Algo em torno de 160 quilômetros. Esta é a minha conta. O dobro do que você precisa andar num dia. 

Um carro elétrico que possa rodar 160 quilômetros por dia, seria ótimo. Pelo menos no caso de um carro urbano. No caso de viagens, este tipo de carro não atenderia. Carros com combustão interna precisam de apenas alguns minutos para encher o tanque. E para usar, você nem precisa completar o tanque, basta ter combustível. No caso da bateria, você consegue dar carga de alguns minutos, contudo, dado a questão química das baterias, você não deve carregar parcialmente ou fazer carga rápida com frequência. O ciclo de carga completa demora horas. O que é péssimo.

Se as montadoras fizessem carros com custo razoável com este alcance que mencionei, seria um grande sucesso de vendas. E parece que é exatamente isto que deve acontecer nos próximo 3 anos. 

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A Nissan foi a primeira a vender um carro compacto elétrico e parece ser o sucesso de vendas que se sonhava. Ele disputa de maneira apertada a liderança do mercado de carros elétricos nos EUA com o GM Volt. O Nissan Leaf (foto acima) tem exatamente as características que mencionei. Tem alcance de aproximadamente 200 km e é um carro médio (compacto para os americanos).

Por lá, existe uma lei federal que garante competitividade aos carros elétricos, uma vez que eles ainda não representam um grande volume de vendas, tem tecnologia e investimentos altos e por tanto, tem custos mais elevados comparados aos carros movidos a combustíveis fósseis. Mesmo com os incentivos do governo, o carro elétrico ainda é mais caro.

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Além do Leaf da Nissan, a BMW anunciou e começou a vender o BMW i3 (que é horroroso), a GM tem o Volt, mas deve começar a vender o Bolt (foto acima), seu irmão menor no ano que vem, a Tesla terá um carro compacto hatch em 2017, VW tem o Golf e o up! (fotos abaixo), a Fiat tem o 500, mas diz que ele só é fabricado para cumprir tabela e a lista continua, a Ford tem o Focus e a lista continua.

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Bom, você já entendeu que o carro elétrico é bacana, caro, todos os principais fabricantes fabricam, que eles vendem pouco, tem custo por quilômetros mais baixo que o carro à combustão interna e que precisam de baterias que ocupam espaço.

Aqui no Brasil, o carro elétrico é apenas um sonho distante e a certeza de que o governo não pensa grande. O Brasil só consegue pensar no petróleo da Petrobras e o etanol do interior paulista. Ninguém consegue vislumbrar a fundação de fábricas de alta tecnologia de grande valor agregado que pode ser a base de uma nova fase no processo de exportação de produtos do Brasil para o mundo.

Para terminar deprimido, acho pouco provável que nós brasileiros teremos a oportunidade de ter um carro elétrico nos próximos 10 anos. Não existem fábricas, não existe flexibilidade na legislação e não existe infra estrutura para os carros elétricos. Pior, não há cultura que defenda maior eficiência energética tão pouco discussão de alto nível para mudar o atual mercado automotivo. Somos atrasados em todos os aspectos.

Voltando ao início do artigo. O que é o carro elétrico? Algo que países de primeiro mundo tem para se locomover com conforto e sem gerar poluição. “Que puxa!”

Greenpeace provoca VW, Fiat e GM

Este mês o Greenpeace começou uma campanha que alguns classificam como agressiva por expor diretamente alguns fabricantes, mas eu acho que é tímida.

A campanha provoca 3 grandes montadoras, líderes do mercado a fazerem motores mais eficientes. Eu realmente não acho que estas são as únicas que produzem motores “antiquados e ineficientes” comparados com motores que existem por exemplo na Europa e EUA. Existem diversas montadoras e até importadoras que tem motores antigos.

Para você participar da campanha, você precisa participar de um abaixo assinado. A causa é interessante, pois pede que estas montadoras façam motores mais eficientes e assim gastem menos combustível, o que é bom para o consumidor.

Quem não quer pagar menos na hora de reabastecer?

Acho que a campanha tem causa importante, mas se fosse para pressionar alguém de verdade para causar mudança, este alguém é o governo. Com a legislação atual, as montadoras ficam limitadas. Toda empresa privada foca em lucro e em obrigações legais. Enquanto o governo não mudar as regras, as empresas não mudarão. Se mudarem, mudarão por fatores externos ao Brasil.

Chevrolet Spark EV

A GM tem um carro elétrico de alcance estendido que é o Volt. Em 2014 mais um carro elétrico deve chegar ao mercado. É o Spark EV. O Spark, se eu não me engano muito é o carro compacto que a GM produz na Coréia e que deve receber uma bateria e motor elétrico. 

O Spark é feio demais da conta, mas gosto é gosto. O vídeo abaixo demonstra a novidade que é o aparato eletrônico e elétrico que domarão o Spark em sua versão EV em 2014.

O motor elétrico que faz o Spark andar tem 100 kW (130hp) e tem 542 Nm de torque. Isto faz o carro ir de 0-100 em menos de 8 segundos. A bateria é de 20kW de lithium ion e requer menos de 7 horas para carga completa numa tomada de 240V. Em 20 minutos, com um carregador de carga rápida a bateria chega aos 80 %.

Quem vende mais carros na Coréia?

Não tenho como esconder que tenho um gosto especial pelos carros coreanos. Eles são os novos japoneses. Tem um ótimo produto, tecnológico e avançado com ótimo design, que veio pelas mãos de grandes idealizadores vindos da Europa. O design do i30 e também a sua engenharia vieram do centro de desenvolvimento que a Hyundai tem na Alemanha.

Pensando nisto, fiquei imaginando como seria o mercado automotivo e não me surpreendi com o resultado. O país é divido entre duas marcas: Hyundai e Kia, existem outras marcas que vendem por lá, mas elas são meras coadjuvantes.

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Hyundai vendeu em setembro 57 mil carros contra 39 mil da Kia. Terceira colocada no ranking de vendas é a GM com 11 mil, Ssangyong com 4 mil e a Renault que é vendida lá com um cobranding da Samsung, também 4 mil veículos.

Dos 7 modelos mais vendidos, apenas dois são da Kia. Fico realmente impressionado pela ausência completa de carros importados no ranking. Será que é proibido importar carro por lá?

Pesquisei e descobri que até 1989 a importação de carros era proibida. Neste período o país estava montado suas fábricas para abastecer o mercado interno. Carros japoneses permaneceram proibidos de serem importados até 1999. 

Depois disto, a Coréia fez algo similar com o que o Brasil pratica em termos de impostos. A carga tributária sobre carros importados é de 74%, já nos nacionais, 56%. Acontece que estas barreiras tarifarias não são as únicas para o mercado ser do jeito que é por lá. Segundo um relato que achei, o governo coreano implica com um monte de regras que os carros importados devem seguir e isto torna tudo mais complicado para o importador.

É engraçado que a atitude da Coréia seja assim, afinal, a Hyundai e Kia estão ganhando mercados globais exportando seus carros para o mundo. Na França, o governo está sendo pressionado por fabricantes locais por conta da invasão dos carros coreanos. 

Os carros são bons e são acessíveis. Fazer o que? Melhorar, não é? 

Via Car Place.

GM Onix é o novo hatch “popular”

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Ontem a GM mostrou ontem o Onix por inteiro. Ele vem para ocupar o espaço do Corsa e concorrer com o sucesso da Hyundai HB20. 

O GM Onix estará disponível a partir de novembro em 3 versões.

A mais barata custa 29.990 reais e vem com direção hidráulica, ajuste de altura para o banco do motorista e volante, airbags frontais e ABS com EBD. O diferencial deste modelo, que se chama LS é já estar de acordo com as normas de segurança para 2014. 

A versão seguinte é a LT e com motor 1.0 flex custa 32.890 reais. Nesta versão você conta com o sistema My Link, que é uma tela de LCD sensível ao toque de generosas 7″ que é capas de fazer uma série de coisas. Entre elas, navegar via GPS e fazer ligações no celular. Olha o trava língua: bluetooth, ele é que faz a mágica do celular funcionar no My Link. 

O My Link é que é a centra multimidia e centro de configuração do carro. Nele você controla o rádio, ajusta funções do carro e tira onda com os amigos que tem carros sem este dispositivo. 😉 

A versão LT também tem a opção de motor 1.4. O My Link é opcional nesta versão.

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A versão mais cara é a LTZ e só está disponível com motor 1.4. 

No ano que vem o Onix vai receber uma versão sedã e também o câmbio automático que já está disponível no Cruze e Sonic.

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Resumindo:

  • LS 1.0 – R$ 29.990;
  • LT 1.0 – R$ 31.690, inclui protetor de cárter, maçanetas externas e retrovisores na cor do veículo, travas e vidros dianteiros elétricos, alarme, entre outros itens;
  • LT 1.4 – R$ 35.290, inclui farol com máscara negra, lanternas escurecidas e rodas aro 15 (nas versões mais baratas a roda é aro 14);
  • LTZ 1.4 – R$ 41.990, inclui ar-condicionado, farol de neblina, espelhos retrovisores elétricos, computador de bordo, rodas de liga leve aro 15 e sistema de conectividade MyLink.