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Novo Lada Niva parece um Frankenstein

Nada contra a Lada, que em parceria com a Chevrolet apresentará o novo Niva. Eu adorava o Niva. Aliás, esta na lista de carros que eu queria ter. Acontece que o novo conceito mostra um carro que parece muito com vários outros carros. Tudo depende do ângulo pelo qual você olha o carro.

Totalmente de frente, o carro parece com o Fusion ou EcoSport da Ford. A porta do porta malas lembra a EcoSport. Se você olhar na diagonal de frente pra trás, o carro lembra o Kia Soul.

A parte lateral, depois da porta traseira dos passageiros lembra a primeira geração do Classe A da Mercedes.


Por fim, vendo de trás, lembra uma daquelas SUVs de Mercedes. Acho que Classe M.

Quer um Toyota Corolla? Compre um Kia Cerato!

Eu tinha visto apenas fotos e videos a respeito da nova geração do Corolla, então, em algum momento este mês fui à Toyota para conhecer o carro. Fui na concessionária do Recreio aqui no Rio. Muito nova e grande, esperando o sucesso do Etios, a loja estava praticamente vazia. Tinha um único modelo do novo Corolla no salão e quase todos os sabores do Etios.

O que pude notar é que o acabamento do Corolla em nada se diferencia do Etios e, acredite, isto não é nenhum elogio ao modelo de entrada da Toyota no Brasil, muito pelo contrário. É um gigantesco demérito para o Corolla. Principalmente se comparado à concorrência.

O carro que entrei era o modelo intermidiário de 80 mil reais. Abaixo você pode ver o acabamento atrás do banco traseiro. É tudo “prástico” duro.

Decepcionado de ter olhado pra trás pra ver este monte de plástico que ao bater o sol gera reflexo no vidro, resolvi voltar a olhar pra frente. O que vi foi este painel reto e chapado que me lembro o painel da Carvan ou Opala da GM da década de 80/90.

Acabamento black piano ridículo e um relógio de outra época que está ali para lembrar que … ah… nem vale a piada. O velocimentro tem as indicações em curva, o que me faz lembrar do Fiat 500, mas este é bem melhor resolvido que o Corolla. Principalmente pelo preço que você consegue comprá-lo. A comparação é ruim, afinal, são categorias diferentes.

Já que olhar pra frente não me fez sentir melhor e entender como este carro consegue fazer algum tipo de sucesso, resolvi olhar pra baixo e lá vi uma tomada de 12v. Que idéia mais legal. Colocar uma tomada para os ocupantes do banco traseiro. Pena que ela fica próxima aos pés. Podia ser mais alta e pra dentro do console central. Saida de ar na traseira? Pra que, né?

A Toyota tem uma mecânica muito boa, concordo, contudo, já foi o tempo em que isto era tão importante que o resto era detalhe. O tempo médio que você fica dentro do carro para ir e vir do trabalho nas capitais do Brasil está em torno de 40 minutos, então o carro precisa ser confortável aos olhos e ao corpo.

O novo Corolla não consegue fazer isto. Seu maior defeito, tirando o acabamento, equipamentos e acessórios é ter um motor ultrapassado. Não conta com novidades como injeção direta ou turbo, nem fez downzising para ser mais economico. A impressão que passa é que a Toyota quer passar na média e não com notão. Pra mim, isto é demérito. GRANDE.

Depois de ver o novo “velho” Corolla, fui na concessionária da Kia, na Barra. Lá fui mais bem tratado que na Toyota. O vendedor sabia tudo a respeito do carro e estava mais bem disposto para realizar a venda.

O Cerato consegue ser o exato oposto do Corolla. Se este último parece ser um carro de categoria intermediária com preço de premium, o Cerato é um carro com preço intermediário com acabamento premium.

Pra começar quem senta atrás tem direito a saída de ar, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, mas não tem central multimidia. Para um carro que custa menos de 70 mil reais, não está nada mal.

Ficou curioso? Vá ao site da Kia, conheça a lista de equipamentos e depois vá a concessionária para conhecer. Você vai ficar muito mais feliz do que com um Corolla.

Quem vende mais carros na Coréia?

Não tenho como esconder que tenho um gosto especial pelos carros coreanos. Eles são os novos japoneses. Tem um ótimo produto, tecnológico e avançado com ótimo design, que veio pelas mãos de grandes idealizadores vindos da Europa. O design do i30 e também a sua engenharia vieram do centro de desenvolvimento que a Hyundai tem na Alemanha.

Pensando nisto, fiquei imaginando como seria o mercado automotivo e não me surpreendi com o resultado. O país é divido entre duas marcas: Hyundai e Kia, existem outras marcas que vendem por lá, mas elas são meras coadjuvantes.

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Hyundai vendeu em setembro 57 mil carros contra 39 mil da Kia. Terceira colocada no ranking de vendas é a GM com 11 mil, Ssangyong com 4 mil e a Renault que é vendida lá com um cobranding da Samsung, também 4 mil veículos.

Dos 7 modelos mais vendidos, apenas dois são da Kia. Fico realmente impressionado pela ausência completa de carros importados no ranking. Será que é proibido importar carro por lá?

Pesquisei e descobri que até 1989 a importação de carros era proibida. Neste período o país estava montado suas fábricas para abastecer o mercado interno. Carros japoneses permaneceram proibidos de serem importados até 1999. 

Depois disto, a Coréia fez algo similar com o que o Brasil pratica em termos de impostos. A carga tributária sobre carros importados é de 74%, já nos nacionais, 56%. Acontece que estas barreiras tarifarias não são as únicas para o mercado ser do jeito que é por lá. Segundo um relato que achei, o governo coreano implica com um monte de regras que os carros importados devem seguir e isto torna tudo mais complicado para o importador.

É engraçado que a atitude da Coréia seja assim, afinal, a Hyundai e Kia estão ganhando mercados globais exportando seus carros para o mundo. Na França, o governo está sendo pressionado por fabricantes locais por conta da invasão dos carros coreanos. 

Os carros são bons e são acessíveis. Fazer o que? Melhorar, não é? 

Via Car Place.