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Peça feita em impressora 3D pode ser usada em carro? Sim!

A utilização de impressão 3D ganhou muito espaço na industria automotiva. Se antes era utilizada para “esculpir” modelos de peças criadas em computadores, agora as impressoras fabricam peças para serem utilizadas nos carros e até mesmo no lugar de peças tradicionais no motor.

E foi com essa tecnologia que a Ford venceu as 24 Horas de Daytona deste ano nos EUA.

24HDaytona EcoBoost 2015

A montadora criou uma peça feita em impressora 3D no motor EcoBoost 3.5. Este é um exemplo de como a nova tecnologia está sendo usada pela marca para acelerar o desenvolvimento de peças tanto para seus carros de linha como de competição.

As peças projetadas em computador são primeiro esculpidas em argila e depois enviadas para o laboratório rápido de protótipos da Ford, onde são analisadas e colocadas em uma das muitas impressoras 3D. Cerca de uma semana depois, a peça está pronta para ser limpa, pintada e usada. O acabamento das peças impressas em 3D ficou tão suave e preciso que agora elas são usadas em aplicações reais – em protótipos de veículos para testes de durabilidade e no carro de corrida da Ford.

MotorEcoBoost3p5 Daytona2015

Nas 24 Horas de Daytona, os engenheiros da Ford Performance optaram por um coletor de admissão feito em impressora 3D, com difusores de fibra de carbono. O carro da equipe Chip Ganassi Racing venceu a clássica corrida com os pilotos Scott Dixon, Kyle Larson, Jamie McMurray e o brasileiro Tony Kanaan. 

Câmbio automatizado, trepidação e problemas

Eu nunca olhei os câmbio automatizados com bons olhos. Por mais que eles tenham seus diferencias e pontos fortes, eles também tem características que os tornam inferiores, sob certos aspectos, aos câmbios automáticos. Até que um dia eu descobri que os super esportivos passaram a adotar os câmbios automatizados.

Gearbox

A diferença dos super esportivos e os carros mais populares é que os primeiros possuem câmbio com duas embreagens ao invés de apenas uma dos populares. Claro que esta não é única diferença entre os dois, contudo, é a principal. Mudam ainda tecnologias, sensores e software para controle da embreagem.

Depois que descobri o sistema de dupla embreagem, acabei optando pelo Ford Focus 2013/2015 que passou a contar com o câmbio PowerShift. Fiquei impressionado e surpreso como o câmbio é suave e sem trancos. 

Uma coisa que é preciso ter em mente é que qualquer sistema, seja ele automatizado ou automático, não é capaz de adivinhar a vontade ou intenção do condutor do carro. Então é natural que algum comportamento “estranho” acabe acontecendo.

Alguns dos comportamentos “estranhos” são: trepidação, indecisão/demora e barulhos incomuns. 

Este mês tive a oportunidade de andar com um Hyundai Veloster com câmbio de duas embreagens. O carro estava com mais de 70 mil quilômetros rodados e o comportamento era exatamente o mesmo do Ford Focus com PowerShift.

Dependendo do quanto acelerador se dá e qual a inclinação da rua, o carro pode ou não apresentar trepidação. Este mesmo comportamento acontece quando você usa um carro com câmbio manual e tenta sair por exemplo de segunda marcha no sinal.

Quando você experimenta trepidação no câmbio automatizado e reclama com a concessionária, o que eles acabam fazendo é realizar o reset dos dados do câmbio para que ele comece novamente a aprender o seu jeito de guiar e responder da melhora maneira possível ao jeito que você usa por exemplo o acelerador.

Outra coisa que pode influenciar no comportamento do câmbio é a bomba de combustível. No caso da Focus, o funcionamento da bomba é fundamental, pois o sistema trabalha sob pressão por conta da injeção direta de combustível. Se o combustível que você utiliza for da baixa qualidade pode comprometer o funcionamento da bomba e aí começa o efeito cascata de problemas.

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Outra reclamação que alguns motoristas de câmbios automatizados costumam compartilhar é de barulhos metálicos. Isto foi muito dito por donos de Audi A1 e primeiros VW Golfs alemães. Eu nunca consegui ouvir este barulhos, mas novamente, não é problema, mas uma característica do sistema. 

Quanto a indecisão ou demora na troca das marchas, a solução é fácil. Você precisa ser mais confiante na hora de usar o acelerador. Com câmbio automatizado ou automático existem sistemas que identificam quanto o pedal do acelerador está pressionado e com isto identificam que o motorista quer, por exemplo, realizar uma ultrapassagem ou arrancada. Nesta condição o câmbio passa a esticar as marchas ou no caso do carro já estar em movimento, diminui a marcha para uma ou duas inferiores para explorar melhor a curva de torque do motor e conseguir acelerar no menor tempo possível.

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Antes de ter o Focus, tive um i30, com câmbio automático. Tive que me ajustar ao novo câmbio e mudei a maneira como eu dirigia por conta disto, aproveitando o que o câmbio permite de diferente. Dirigir em modo esportivo, no caso do Focus, também requer um comportamento diferente do motorista.

Fica aqui a dica. Se o sistema de câmbio automatizado não funcionar como você espera, pode não ser defeito, mas falta de conhecimento sobre o sistema. Sempre que você tiver dúvidas, vá a concessionária e tire as dúvidas. Se você não ficar satisfeito, vá em outra e por fim, acione a montadora se for o caso. 

No final, se nada resolver, a dica é trocar de carro e opte por outro tipo de câmbio com o qual você está acostumado ou satisfeito.