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Peugeot 208 chegou às lojas

O Peugeot 208 chegou às lojas, ainda que a entrega aos clientes que o compraram comece apenas na segunda quinzena de abril. Na companhia de meu amigo Renato, fui conhecer o carro, rapidamente, numa loja no Recreio, no Rio de Janeiro. 

Chegamos ao salão da loja e lá estavam 4 modelos disponíveis para ver e tocar, mas não dirigir. Dois deles  da versão topo de linha, Griffe, e mais dois da versão intermediária, Allure. Assim como na loja da Hyundai, no lançamento do HB20, nenhum vendedor me abordou para vender o carro. O único momento que fomos abordados foi para nos questionar se a chave do carro estava no contato.

Fiquei curioso e resolvi voltar a pergunta para a vendedora, velha e pouco simpática: “Era para estar?”. Ela respondeu que não, por que ela tinha vendido o carro. Todos os carros estavam vendidos. Foi assim que fiquei constrangido, achando que estava mexendo em algo que não deveria, mas esta é outra história. 

Continuei mexendo no carro e apertando botões, movendo o banco, abrindo portas, batendo-as e olhando os ângulos do carro. Eu sou mega suspeito para falar de carro francês. Eu não gosto. A impressão que tenho é que carros franceses se preocupam mais com a aparência do que com engenharia e praticidade. É que nem mulher mega maquiada, quando tira aquela máscara, jesus!

O pior caso que eu já vi foi a tarefa de trocar a lâmpada do farol de um Renault Megane. Veja abaixo.

Claro que este é apenas um caso isolado, mas a lógica dos franceses é meio louca. Ignorarei porém o que eu acho sobre carros franceses e pensarei apenas sobre o que o carro é e quanto custa.

O Peugeot 208 é uma mudança de abordagem para o segmento. Os 20x sempre foram hatches acessíveis, baratos e com poucos equipamentos. O 208 vem para entrar no mercado premium, e por mais que ele seja a evolução de um carro com pretensões populares, o DNA popular e acabamento “barato” ainda existe por baixo da maquiagem premium.

Assim que você olha o carro, não consegue identificar o DNA popular histórico, pelo contrário, ele é belo e elegante, não importa de onde você o olhe. Por mais que algumas soluções de design sejam de gosto duvidoso, elas desaparecem assim que você desvia os olhos para as partes belas do carro.

Ao abrir as portas dianteiras você se depara com um interior premium. Materiais de qualidade, design elegante, botões e displays convidativos além de bancos ótimos para sentar e dirigir como se fosse um kart e não um hatch premium. Eu realmente adorei os bancos dianteiros. Você se encaixa com uma facilidade e são de um tecido muito agradável e bonito. Mesmo no topo de linha, a escolha é por bancos de tecido ao invés de couro. Acho isto uma decisão fantástica. Couro em bancos do carro são um terror, não entendo como o povo gosta disto. Deve ser a mesma lógica das pessoas quererem comprarem veículos com motores flex e só abastecerem com gasolina.

Voltando ao 208 e seu interior, eu adorei. Tenho dúvidas, porém da posição do painel de instrumentos que fica acima do volante. É isto mesmo. O volante é realmente pequeno para não ficar na frente do painel e apesar dos ajustes de altura e profundidade, ele fica realmente baixo. A posição de dirigir é estranha e nova, mas isto é algo que se acostuma com o tempo. 

O painel é lindo demais e denuncia o premium que a Peugeot tanto se esforça para imprimir neste modelo. De carona vem a tela de LCD no console central que faz as vezes de rádio e GPS.

Os comandos no volante são simples e confesso que não explorei tudo com a devida atenção por conta do tempo disponível que tinha. 

Me incomodaram ainda a posição da tela de LCD onde está o GPS. Ela está muito perto para ser acessível com o braço, o que prejudica ligeiramente a visão da tela. O descanso de braço do motorista está numa posição muito boa para dirigir, mas na hora de estacionar ele fica no meio do caminho para puxar o freio de mão. Ele bem poderia ser eletrônico e automático como em carros premium mais modernos. Acabaria com este problema idiota. E por fim, o câmbio automático é ainda um atrasado de quatro marchas. Alou, Peugeot! O resto do mundo utiliza câmbios de 6 marchas!!!

Por fim, o 208 é um carro para dois passageiros ou no máximo dois adultos e crianças no banco de trás, por que é muito apertado. 

Do ponto de vista de preço, e pelos equipamentos que estão na lista, a Peugeot tem um veículos de sucesso nas mãos. Custando 55 mil na versão topo de linha e cerca de 40 na de entrada, o 208 tem tudo para ser o carro desejado por todos que querem sair do popular e entrar num carro com mais chinfra.

Veja mais aqui.