Eu lembro como eu esperei para adquirir o meu i30. Era 2009 e o fantástico novo hatch da empresa coreana tomava o mundo de assalto. Design surpreendente, interior cativante e mecânica de nível europeu. Foi apenas este ano que eu descobri que aquele i30 era chamado de i30 FD.
i30 GD, i30 FD
Não sei o que o FD quer dizer, apenas descobri isto, pois o novo i30 passou a ser chamado de i30 GD. Eu tinha procurado, pesquisado e nada de encontrar a explicação para o significado do GD. Assumi então quer era Geração Dois, mas ao descobrir que a primeira geração era chamada de FD e que esta denominação vinha da Coréia e não da CAOA aqui no Brasil, minha aposta foi por água abaixo.
Em 2009 eu não fiquei muito preocupado com o preço. Seis meses após o lançamento sai com o carro da loja e o emplaquei e ele me acompanha nas aventuras do trânsito do Rio de Janeiro. Sua manutenção é baixa e a garantia cobre todas as surpresas que podem aparecer no caminho.
Assim que eu vi as imagens do i30 GD, imaginei que seria fácil trocar o meu atual FD pelo GD, mas não foi bem assim que as coisas aconteceram.
A nova geração é realmente linda e é uma pena que a CAOA não tenha decidido trazer o i30 GD em cores bacanas como o vermelho, azul celeste e outras cores bacanas que existem no resto do planeta. O seu interior é ainda mais agradável com uma parafernália tecnológica que faz qualquer tecnocrata se tornar uma pessoa feliz ao dirigir um carro ainda que seja através de um engarrafamento.
Certamente o novo i30 é a minha escolha, mas faltou combinar com o Governo, que pensando em desenvolver a industria nacional, resolveu ferrar com todo mundo que gosta de carros de qualidade e meteu um imposto de 30% sobre os carros importados. A medida que parece polêmica e digna dos mais estúpidos políticos não é tão estranha assim. Na Coréia é ainda pior e lá o mercado é dominado por Hyundai e Kia. Tudo por conta das incontáveis barreiras que são impostas aos carros importados. Por isto a GM tem sua fábrica lá e é de lá que o Sonic acaba vindo para o Brasil.
Eu realmente desejo o novo i30 e espero que ele esteja estacionado na minha vaga de garagem. O novo motor 1.6 assusta pela falta de potência, mas pensando em economia, creio que será uma grande ajuda ter este motor. Diga-se de passagem, há informações desencontradas sobre o motor, já que alguns dizem ser o mesmo do HB20 e outros dizem ter apenas o mesmo bloco.
O que mais assusta porém é o preço. Há duas versões. Completa e Completíssima, denominações totalmente incompatíveis com o naipe do carro, mas digna da empresa que o importa. O carro é realmente completo, mas merecia nomes mais elegantes. Style e Comfort poderiam ser, por exemplo, as designações das versões.
Uma versão custa 75 mil e outra 85. Caro pra diabo. É duas vezes o preço de um carro nacional que a própria Hyundai fabrica por aqui. Não é possível. A CAOA deve estar ganhando muito dinheiro com esta brincadeira de mau gosto.
Caro, nem tanto
Fui pesquisar o preço do i30 na europa e pra minha surpresa, descobri que por lá o i30 GD custa quase a mesma coisa que por aqui. E lá não há os 30% de imposto de importação e a carga tributária sobre veículos é muito menor.
No site alemão, por exemplo, se pegarmos o modelo à gasolina topo de linha e incluir o teto de vidro, GPS e tudo para deixá-lo o mais caro possível e equivalente ao nosso modelo de 85 mil reais, chegamos ao valor de 27.610 euros. Isto equivale a 73 mil reais, aproximadamente. Levando em consideração os impostos de importação, lucro do revendedor entre outros, até que não está tão caro assim, concorda?
Nos EUA ele é conhecido como Elantra GT, mas lá ele é consideravelmente mais barato. Fazendo a mesma coisa que no site alemão, o valor máximo que é possível de chegar é 25.440 dólares, ou 50 mil reais.
Então, tá caro e não tá, mas 75 mil por um carro é dinheiro pra caramba. Aliás, a comparação às vezes ajuda, às vezes não. Só pra ter uma idéia, o modelo completão fica em 85 mil, certo? Por quase este preço da pra comprar o Audi A1 ou um Fusion 2.5 (este novo lindão). E agora?